Proprietária do TikTok é acusada de colaborar com a China em atividade de espionagem

As controvérsias em torno do TikTok continuam em alta. Segundo um artigo da BBC, a ByteDance, a empresa chinesa por trás do famoso aplicativo de vídeos que se tornou um fenômeno global, foi acusada de facilitar o acesso de membros do Partido Comunista Chinês (CCP) a dados privados de usuários de Hong Kong. Esses usuários estariam envolvidos em protestos e causas relacionadas aos direitos civis.

De acordo com o relato, os usuários chineses que compartilhavam vídeos no TikTok com conteúdo ativista ou de protesto passaram a ser identificados e monitorados pelo governo chinês. Yintao Yu, ex-executivo da ByteDance, foi quem divulgou essas informações. Isso significa que os membros do Partido Comunista Chinês também tinham acesso aos dados de usuários de várias regiões, incluindo os Estados Unidos.

Por outro lado, um porta-voz da ByteDance refutou todas as declarações feitas por Yu, chamando-as de "infundadas". Essas alegações surgiram durante um processo movido pelo ex-funcionário da empresa na Suprema Corte de São Francisco, nos Estados Unidos. No processo, Yu afirmou que membros do governo chinês tinham quase acesso irrestrito à base de dados do TikTok, o que lhes permitia obter uma visão privilegiada e informações valiosas.

Em relação a esse assunto, o representante da ByteDance, em uma entrevista à BBC, declarou: "Nós nos oporemos vigorosamente a essas acusações e alegações infundadas". A empresa chinesa também explicou que Yu trabalhou lá por menos de um ano e estava envolvido no desenvolvimento de um aplicativo chamado Flipagram, que foi descontinuado. "É curioso que o Sr. Yu nunca tenha mencionado essas alegações nos cinco anos desde o término de seu emprego relacionado ao Flipagram, em julho de 2018. Suas ações claramente visam chamar a atenção da mídia", concluiu o porta-voz da ByteDance.