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Implosão Submarina: entenda!

As autoridades nos Estados Unidos confirmaram o trágico desfecho dos cinco membros da tripulação do submersível Titan, que se perdeu nas profundezas do oceano e implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic. Diante dessa realidade devastadora, surge uma pergunta: o que acontece com o corpo humano durante um evento de implosão em grandes profundidades?


Dale Molé, ex-diretor de medicina submarina e saúde de radiação da Marinha dos Estados Unidos, esclarece que as mortes provavelmente foram instantâneas e sem dor, uma vez que a estrutura do submarino não resistiu à extrema pressão externa, cerca de 400 vezes maior do que a encontrada ao nível do mar.


Segundo o especialista, o desfecho foi tão repentino que os tripulantes provavelmente nem perceberam a existência de um problema ou o que estava acontecendo com eles. É como estar aqui em um momento e, no próximo milissegundo, ter a vida interrompida de repente. Essa é a triste realidade, como relatado pelo jornal britânico DailyMail.


Uma implosão é o oposto de uma explosão. Em vez da pressão se movimentar de dentro para fora, ela penetra na estrutura. Assim como em uma explosão, é improvável que reste muito da embarcação ou do que estava dentro após o evento. Portanto, os corpos dos tripulantes foram destruídos pela alta pressão resultante da implosão.


Ainda não se sabe exatamente quando ocorreu a implosão desde o desaparecimento do submersível no último domingo, nem se os tripulantes morreram no momento da implosão ou antes. No entanto, é certo que sobreviver a uma experiência assim seria impossível. Conforme observado pelo especialista, eles teriam sido despedaçados.


Dale Molé destaca que a câmara onde os ocupantes residiam, conhecida como casco de pressão, aparentemente cedeu de uma vez, o que geralmente acontece nessas situações. De acordo com sua avaliação, a implosão ocorreu devido à ruptura do cilindro de fibra de carbono. Essa explicação é apoiada por Nicolai Roterman, ecologista de águas profundas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, que afirma que uma única falha na estrutura do submersível a essa profundidade seria suficiente para que a embarcação cedesse imediatamente e os tripulantes perecessem, sendo engolidos pelo oceano em um instante.


Além disso, falhas no sistema de oxigenação podem ter levado os passageiros a chegar ao momento da implosão já sofrendo os efeitos da narcose de nitrogênio, também conhecida como embriaguez das profundezas. A partir de 30 metros de profundidade, é necessário um suporte respiratório específico que mistura oxigênio diluído em gás hélio. Quando esse sistema não funciona adequadamente, o aumento de nitrogênio no organismo provoca sintomas semelhantes à intoxicação alcoólica, como problemas de raciocínio, desorientação e até mesmo euforia.


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