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Queiroga diz: Tecnologia para vacina foi “para a lata do lixo”.

O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, expressou sua opinião de que houve desperdício nos investimentos destinados à produção da vacina contra a COVID-19 no Brasil. Queiroga, que é médico cardiologista, atuou como ministro entre março de 2021 e dezembro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).


Queiroga e Maria Emilia Gadelha, otorrinolaringologista, foram entrevistados pela articulista do Poder360, Paula Schmitt, em 22 de junho de 2023. Gadelha concorreu ao cargo de deputada federal em São Paulo pelo PRTB em 2022, mas não foi eleita. Já Queiroga filiou-se ao PL em junho de 2023 e pretende concorrer a eleições.


Durante a gestão de Queiroga, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), vinculada ao governo federal, assinou um contrato com a farmacêutica AstraZeneca para a produção da vacina contra a COVID-19 no Brasil em 2021. Na época, a presidente da Fiocruz era Nísia Trindade, atual ministra da Saúde no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


As vacinas produzidas pela Fiocruz foram mais acessíveis em termos de custo em comparação às importadas pelo governo. Além disso, o contrato com a AstraZeneca incluía a transferência de tecnologia para a produção de imunizantes no Brasil. Segundo Queiroga, essa oportunidade "foi desperdiçada".


O ex-ministro atribuiu a perda da transferência de tecnologia ao surgimento de novas vacinas, o que resultou no desinteresse pelas vacinas produzidas no Brasil. Ele questionou se a população iria buscar vacinas desatualizadas nas salas de vacinação, considerando que já havia alguma resistência. Na opinião de Queiroga, esse desperdício poderia ter sido evitado, mas não detalhou como.


Queiroga afirmou que a política de vacinação contra a COVID-19 deveria ser menos abrangente em 2023, sugerindo que não via indicação de política pública para a vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos.

No decorrer da entrevista, Maria Emilia Gadelha defendeu a separação entre médicos e a indústria farmacêutica. Ela enfatizou que os médicos devem ser imparciais, buscar conhecimento e fazer o melhor pelos pacientes. Gadelha criticou a participação de médicos vinculados à indústria farmacêutica nas decisões do Ministério da Saúde, incluindo durante a gestão de Queiroga. O ex-ministro afirmou que essas pessoas participavam apenas fornecendo informações durante o período em que ele estava à frente do Ministério.


Houve discordância entre Queiroga e Gadelha sobre o patrocínio das indústrias farmacêuticas a associações médicas. Queiroga argumentou que, sem esse suporte, as organizações não conseguiriam manter suas estruturas atuais. Gadelha argumentou que isso pode resultar em conflitos de interesse e defendeu que as associa.

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