Uso de chatbots de (IA) para gerar pedidos de admissão para faculdades nos EUA

O uso de chatbots de inteligência artificial (IA) para gerar pedidos de admissão tornou-se um desafio para faculdades nos Estados Unidos, de acordo com um artigo do The New York Times. O diretor executivo de admissões de graduação do Georgia Institute of Technology, Rick Clark, e sua equipe conduziram um experimento onde fingiram ser estudantes do ensino médio e utilizaram chatbots de IA para preencher formulários de inscrição universitária.

Cada membro da equipe de admissões adotou uma persona diferente de aluno do ensino médio, como capitão da equipe de natação, escoteiro Eagle Scout e artista de teatro musical. Eles então inseriram informações fictícias sobre esses alunos no ChatGPT, um chatbot de IA, para criar listas de atividades extracurriculares e redações pessoais, que são normalmente exigidas nas inscrições para faculdades.

O objetivo do experimento era compreender como os chatbots de IA poderiam impactar o processo de admissão, especialmente no primeiro ano acadêmico em que essas ferramentas estarão amplamente disponíveis para os alunos do último ano do ensino médio. Clark enfatizou a necessidade de orientar os alunos sobre o uso ético da IA, uma vez que eles terão acesso a essa tecnologia.

A disponibilidade fácil de chatbots de IA, como o ChatGPT, que podem produzir texto de alta qualidade em resposta a solicitações curtas, está mudando o processo tradicional de inscrição em faculdades seletivas. Isso levanta questões sobre a possibilidade de plágio automatizado e o acesso democrático dos alunos à assistência na redação de suas inscrições.

Essa mudança digital ocorre em um momento crucial para as instituições de ensino superior nos Estados Unidos, após uma decisão da Suprema Corte que tornou ilegais os programas de admissão baseados em raça. Algumas universidades planejam confiar mais nas perguntas de redação para avaliar a diversidade dos candidatos.